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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Projeto Adutora do Sertão, de Campo Grande

Conversa com o vice Gov. sobre adutora
Na local do corte do Governo do RN, a dor de Campo Grande com a Adutora do Sertão: A queda no orçamento para recursos hídricos
* Caramurú

O anunciado Orçamento Geral do Estado para 2012 que prevê redução de 70% para a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos pegou bem em cima do calo de Campo Grande. Imagino que se no ano em curso não foi possível liberar os R$ 4,5 milhões para a conclusão de uma adutora rural que beneficiará cerca de 2 mil famílias do campo, então mais difícil será em 2012 com mais de R$ 400 milhões retirados desta pasta.

A Adutora do Sertão foi anunciada outras vezes aqui no nosso blog. Trata-se de um percurso de aproximadamente 25 km que sai da Barragem de Umari e passa pelas comunidades de Salgado, Cabeça do Boi, Riacho da Lagoa, Condado, Fazenda Vitória, Monte Alegre, Caiana, Bom Jesus e Lagoinha. A água existe em quantidade suficiente, nos 300.000.000 m3 da famosa barragem de Umari e a construção da adutora em si já está na metade do caminho.

Antes da conclusão do último mandato do Governo do Estado, o ex Governador Iberê Ferreira autorizou, publicou no Diário Oficial e até licitou a empresa para construção do sistema de adução. A ação administrativa foi fruto de uma intensa pressão popular dos campograndenses beneficiários da adutora e também de suas instituições representativas. Estes passos nos fizeram imaginar que a obra seria feita com brevidade.

Antes disso, inclusive foi feita a implantação de dois dos três sistemas que se completam na adutora: as caixas de armazemanento de água foram postas em todas as comunidades e os ramais secundários foram puxados até as portas de todas as 500 famílias, através de recursos oriundos do Banco Mundial pelo Programa Desenvolvimento Solidário. Portanto, o licitado para o que falta diz respeito ao ramal principal para alimentar o sistema e garantir segurança hídrica no campo de Campo Grande. Tivemos duas audiências com o vice governador e Secretário de Recursos Hídricos, Robson Faria. A primeira fui com os presidentes de associações e o Deputado Mineiro; e a segunda fui com o prefeito Bibi e o deputado Leonardo. Não houve nenhum encaminhamento depois das conversas.

No planejamento das associações rurais e no II Encontro do Associativismo, realizados em abril e junho, respectivamente, o prefeito municipal enquanto aliado da Governadora Rosalba Ciarlini assumiu o compromisso de mediar a audiência que até o momento continua sendo tentada, conforme informações do próprio Bibi. A audiência tem o objetivo de reunir presidentes de associações, vice prefeito, prefeito e entidade de assessoria técnica para buscar da Governadora a ordem de serviço (que depende do financeiro) e assim começar a obra licitada.

Esta notícia veiculada na imprensa regional de redução do orçamento para Secretaria Estadual de Recursos Hídricos não é o fim da esperança pela construção de uma obra tão importante para o nosso povo, até porque comecei esta luta junto com as associações quando tudo parecia impossível e sei que a população não vai abrir fácil desta causa. 

Entretanto, não há dúvidas que acende um sinal amarelo e nos faz pensar que se não saiu com tanto orçamento mais difícil ficará com menos recursos. Espero que aconteça ao menos a audiência para ouvirmos da Governadora Rosalba o seu compromisso com o povo de Campo Grande. 

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