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sábado, 31 de janeiro de 2009


Fátima Bezerra emitiu sua opinião sobre o FSM


Outro Mundo é possível ?
* Fátima Bezerra

Desde 27 de janeiro até 01 de fevereiro, Belém (PA) sedia a 9ª edição do Fórum Social Mundial que reúne militantes sociais de todo o mundo. Belém assume o posto de centro da cidadania planetária e de referência mundial na luta contra a desigualdade, injustiça, intolerância, devastação ambiental e todas as formas de preconceito. A importância do evento e dos temas a serem tratados pode ser avaliada pela adesão e presença do Presidente Lula e dos principais chefes de Estado da América Latina.

Ao mesmo tempo em Davos, nos Alpes Suiços, ocorre o 39º Fórum Econômico Mundial que reúne as elites econômicas e políticas. O contexto econômico em que os dois eventos diametralmente opostos acontecem, suscita a reflexão sobre a crise devastadora que estamos vivendo, em escala mundial e que tem inspiração no modelo neoliberal. O FSM acontece em um momento crucial, quando o mundo busca formas de enfrentar a crise do capitalismo especulativo que produziu a atual insegurança financeira.

No FSM ocorrerão oficinas, seminários, conferências, testemunhos, marchas, atividades culturais e artísticas, espaços de intercâmbio, reflexão e elaboração de propostas para a construção de outro mundo possível. Milhares de representantes de todos os continentes debaterão formas de construir um mundo melhor, mais solidário e democrático.
Esse movimento nasceu da ação de homens e mulheres comprometidos com um projeto de sociedade justa e humana. Aos poucos, as vozes isoladas de cidadãos e cidadãs de todos os lugares do mundo se uniram gritando sua recusa à ofensiva neoliberal de transformar a aventura humana numa mera relação de compra e venda de objetos, valores e crenças.

Dessa ação coletiva surgiu o esforço de reapropriação das condições de existência, materiais e sociais. O debate e a ação convergiram para a criação de um novo universalismo centrado na defesa da solidariedade, justiça social e meio ambiente. Esse novo universalismo planetário marcado pela pluralidade de raças, línguas e desejos, materializou-se no Fórum social Mundial.

O evento reafirma a sociedade como construção humana coletiva. Somos todos responsáveis. Falar em um mundo melhor é falar na construção de um outro mundo. É reintroduzir a política na sociedade, colocando-a como a atividade mais importante dos seres humanos. A criação do FSM e o empenho de participação de homens e mulheres de todo o mundo, são etapas na construção deste novo mundo possível.

A importância deste evento é que ele marca um ponto de inflexão na história da humanidade. Cansados da predominância da economia sobre a política, do mercado sobre a sociedade, dos valores materiais sobre os valores morais, homens e mulheres tomaram a si a tarefa de construir um outro mundo. É animador constatar a presença ativa de jovens que não se deixando envolver pelo canto de sereia do individualismo e da competição, não se deixando vencer pela apatia ou conformismo, dão seu testemunho de preocupação com os destinos da humanidade. O alicerce da construção, o ponto de partida, é a afirmação de que um outro mundo é possível.

Esses novos visionários buscam construir coletivamente algo novo, voltado para a atualização do persistente sonho humano de conquista da liberdade. A edição dos FÓRUNS SOCIAIS é a expressão do desejo de tecerem em conjunto novas reflexões, pensamentos e projetos para um mundo melhor. Esses encontros resgatam o significado maior da política como realização do bem comum, fruto da ação de cada um de nós. A busca de resposta à pergunta “QUE OUTRO MUNDO É POSSÍVEL?” marca uma virada cultural e política no processo civilizatório em curso. Desde 27 de janeiro até 01 de fevereiro, Belém (PA) sedia a 9ª edição do Fórum Social Mundial que reúne militantes sociais de todo o mundo. Belém assume o posto de centro da cidadania planetária e de referência mundial na luta contra a desigualdade, injustiça, intolerância, devastação ambiental e todas as formas de preconceito. A importância do evento e dos temas a serem tratados pode ser avaliada pela adesão e presença do Presidente Lula e dos principais chefes de Estado da América Latina.

Ao mesmo tempo em Davos, nos Alpes Suiços, ocorre o 39º Fórum Econômico Mundial que reúne as elites econômicas e políticas. O contexto econômico em que os dois eventos diametralmente opostos acontecem, suscita a reflexão sobre a crise devastadora que estamos vivendo, em escala mundial e que tem inspiração no modelo neoliberal. O FSM acontece em um momento crucial, quando o mundo busca formas de enfrentar a crise do capitalismo especulativo que produziu a atual insegurança financeira.

No FSM ocorrerão oficinas, seminários, conferências, testemunhos, marchas, atividades culturais e artísticas, espaços de intercâmbio, reflexão e elaboração de propostas para a construção de outro mundo possível. Milhares de representantes de todos os continentes debaterão formas de construir um mundo melhor, mais solidário e democrático.
Esse movimento nasceu da ação de homens e mulheres comprometidos com um projeto de sociedade justa e humana. Aos poucos, as vozes isoladas de cidadãos e cidadãs de todos os lugares do mundo se uniram gritando sua recusa à ofensiva neoliberal de transformar a aventura humana numa mera relação de compra e venda de objetos, valores e crenças.

Dessa ação coletiva surgiu o esforço de reapropriação das condições de existência, materiais e sociais. O debate e a ação convergiram para a criação de um novo universalismo centrado na defesa da solidariedade, justiça social e meio ambiente. Esse novo universalismo planetário marcado pela pluralidade de raças, línguas e desejos, materializou-se no Fórum social Mundial.

O evento reafirma a sociedade como construção humana coletiva. Somos todos responsáveis. Falar em um mundo melhor é falar na construção de um outro mundo. É reintroduzir a política na sociedade, colocando-a como a atividade mais importante dos seres humanos. A criação do FSM e o empenho de participação de homens e mulheres de todo o mundo, são etapas na construção deste novo mundo possível.

A importância deste evento é que ele marca um ponto de inflexão na história da humanidade. Cansados da predominância da economia sobre a política, do mercado sobre a sociedade, dos valores materiais sobre os valores morais, homens e mulheres tomaram a si a tarefa de construir um outro mundo. É animador constatar a presença ativa de jovens que não se deixando envolver pelo canto de sereia do individualismo e da competição, não se deixando vencer pela apatia ou conformismo, dão seu testemunho de preocupação com os destinos da humanidade. O alicerce da construção, o ponto de partida, é a afirmação de que um outro mundo é possível.

Esses novos visionários buscam construir coletivamente algo novo, voltado para a atualização do persistente sonho humano de conquista da liberdade. A edição dos FÓRUNS SOCIAIS é a expressão do desejo de tecerem em conjunto novas reflexões, pensamentos e projetos para um mundo melhor. Esses encontros resgatam o significado maior da política como realização do bem comum, fruto da ação de cada um de nós. A busca de resposta à pergunta “QUE OUTRO MUNDO É POSSÍVEL?” marca uma virada cultural e política no processo civilizatório em curso.

* Fátima Bezerra é professora e deputada federal PT-RN

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