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sábado, 24 de janeiro de 2009

Leida Almeida (1) ao lado de Geovania Toscano (2), colaboradoras do cursinho

Pensando um mundo melhor
* Leida Almeida


“Os ideais que iluminam o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade”.

O desejo de ver um mundo melhor nos mobiliza e nos compromete a elaborar e desenvolver ações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Compreendemos que o acesso a níveis mais elevados de educação faz com que o homem se perceba como sujeito histórico, capaz de intervir e modificar a estrutura social que se consolidou ao longo do tempo.

Segundo Freire, nossa postura ética deve ser construída a partir de algumas questões norteadoras, tais como: Para que estudo? Para quem estudo? A favor de que estudo? A favor de quem estudo? Diante desses questionamentos, geralmente, se dividem pelo menor dois grupos de pessoas. O primeiro é composto por aqueles que estudam para alcançar prestígio pessoal e construírem um patrimônio que lhes possibilitem uma vida confortável. Desse modo, geralmente posicionam-se a favor da manutenção de uma sociedade composta de classes sociais bem diferenciadas, onde uns poucos, por sua esperteza e “competência”, usufruem privilégios inimagináveis, enquanto a grande maioria passa fome.

Contudo, há um segundo grupo que estuda visando, também, uma ascensão pessoal, mas que faz do seu saber um instrumento de libertação dos outros homens, unindo a reflexão à ação e procurando desenvolver uma práxis libertadora. Temos tentado pertencer ao segundo grupo. Assim, mesmo sendo interpretados como ingênuos sonhadores, somos apaixonados pelos nossos sonhos. Em meio a esses sonhos está a ascensão dos jovens de Campo Grande através da educação, especialmente daqueles que não cursaram um Ensino Médio que lhes preparasse para concorrer, em condições de igualdade, a um tão rígido processo seletivo para o ingresso na Universidade.


Como vocês, em nossas vidas enfrentamos este mesmo desafio, mas houve algo que fez a diferença para nós: a determinação e a disciplina, o querer e o fazer. Foi preciso contrariar o destino que a ordem social vigente apontava para nossas vidas. Parafraseando Albert Einstein, acreditamos que as grandes conquistas da humanidade são alcançadas daquilo que parece impossível.


Portanto, desejamos que cada um de vocês seja sujeito de sua própria história, invista em si mesmo, sonhe, deseje e lute por um mundo melhor, para você e para todos os homens. Comece estudando para atingir seu objetivo imediato: ingressar na universidade. Posteriormente, estude para entender melhor por que o mundo é do modo que é, e você compreenderá que ele poderá ser menos desigual e muito mais belo. Queira e faça “um mundo em que seja menos difícil amar”.
A todos e todas, nossos mais sinceros votos de vitória no vestibular.

* Leida Almeida é professora da UERN

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