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domingo, 22 de maio de 2011

Continuo dando aula no cursinho
Falando de educação com a professora Alvanira
* Caramurú

Cara professora Alvanira, antes de tudo minhas lembranças foram reacendidas depois de muitos anos sem conversarmos. Você era uma das mais brilhantes alunas do 3o. ano e, melhor do que isto, guardou uma vida orientada pelos grandes valores morais e a fé em Deus.

Os atributos acima direcionam meus pensamentos para imaginar uma professora Alvanira dedicada a função. Os dois comentários no mural do blog reforçam esta idéia de que seus alunos e alunas são privilegiad@s. Acredito no melhor desempenho daquele profissional cuja atividade é a realização do sonho de vida, uma vocação.

Dividi a minha vida entre muitos desejos. Quis ser atleta de maratona, poeta, escritor, psicólogo, agrônomo, advogado e professor... O ato de lecionar me encanta pelos resultados e porque meus grandes referenciais de vida tem uma lista extensa de professores e professoras, a começar por Sr. Paiva.

Sou engenheiro agrônomo com muito orgulho mas antes, durante e depois da universidade experimentei o sabor de provocar e construir novos conhecimentos através da função de docente. Numa dessas oportunidades, dei aulas de literatura, matemática e física na Escola Municipal Professor Joaquim Leal Pimenta. Naquele momento conheci a turma de Alvanira concluindo o ensino médio. A minha alegria é que aquele foi um ano atípico com 17 aprovações no vestibular, dentre uns 20 ou 21 concluintes do segundo grau. Antes e depois, as médias eram em torno de 3 alunos/ano.

A minha não continuidade foi por causa de outros motivos e não os salariais que Alvanira questiona em seus comentários. Tinha grandes desafios me chamando na profissão que escolhi para minha vida. Entretanto, entre idas e vindas continuo na sala de aula. Recentemente me ofereci para o diretor Fernando do Adrião Melo, numa tentativa de suprir a vacância de docentes nas disciplinas de cálculos, mas não tive retorno. Há quatro anos dou aulas no Cursinho Abrindo Caminhos que organizo gratuitamente para apoiar a formação de pessoas que querem ingressar na universidade.

Mas, tenho mesmo é o coração de estudante, galopeiro e disposto a aprender e lutar pelo que me parece justo. E neste ponto os seus comentários no mural são pertinentes e atuais. O Brasil vive uma grande e especial oportunidade de dá um salto no desenvolvimento e este percurso se faz com mudanças concretas em vários campos e elas estão em curso. Neste contexto, a educação e os/as educadores/as precisam de uma correção no apoio e reconhecimento sociais. Nisto você tem toda razão. Que o reforce Amanda Gurgel.

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