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segunda-feira, 2 de maio de 2011


Foto do primeiro dia que Açucena Paiva caminhou

Como pai de três filhas quero dizer algumas coisas sobre a tragédia de Aline
* Caramurú

O comentário de Sara Albuquerque foi o que me faltava para tocar neste assunto mais uma vez. E começarei contando a aflição que passei uns 2 ou 3 dias antes do acontecimento fatal com Aline quando a minha filha do meio, Açucena Paiva, sumiu por volta de 21 h. Eu estava na sala e Joyce no quarto com 'Ceninha' e nossa filha de 6 anos simplesmente desapareceu.

Percebi o sumiço e perguntei a Joyce pela menina. Daí saímos procurando e imaginando tudo: ela está asfixiada num quarda roupa, levou um choque e caiu em algum cômodo da casa, foi para o muro e uma cobra picou, carregaram para me atingir politicamente, roubaram para vendê-la a alguma família ... tudo passou na minha cabeça em 10 minutos de procura e eu ainda tendo que fingir calma para tranquilizar Joyce.

O susto teve um desfecho feliz. Na verdade, Açucena tinha entrado na casa da avó Julinha e discretamente deitou na cama sem ser percebida pelo avô padastro que fechou a porta. Quando encontramos a menina, Joyce chorou e desmaiou.

Menos de 72 horas recebi a notícia de Aline através de uma ligação de minha filha mais velha, Ceminha Paiva. Mesmo assim fiquei receioso de Ceminha está em perigo porque já havia ido a aula no Rio Upanema e podia está lá. Também foi inevitável que eu me colocasse na dor de Genilson e Celeste, imaginando o que passavam. Fui na casa da avó de Aline e ouvi das tias da menina lembrarem que esta dor da perda era repetida com menos de 6 meses que haviam perdido o pai.

Imagino o tamanho da dor de Genilson que logo em seguida perdeu mais uma filha. É preciso muita força para superar tanto sofrimento. É preciso buscar explicações em Deus. Inclusive, conversei com Pe. Iraildo procurando as respostas bíblicas para o caso.

Se por um lado partilho da dor da família, por outro sinto a necessidade humana e cristã de dizer o quanto o destino foi cruel com Osvaldo Vieira. Um homem de Deus, católico praticante. Uma pessoa do bem que nunca ofendeu a ninguém. Um professor tentando dinamizar a aula para levar mais prazer a um grupo de alunos e alunas. Ele não merecia está numa fatalidade como esta. Assim como não merece ser transformado em algoz por um acidente. Se o conheço, Osvaldo deve está muito sentido na busca de reencontrar o próprio caminho. Como Sara disse, quantos filhos morrem perto dos pais ?

Estou neste momento em Natal, distante 270 km das minhas três filhas. Só de escrever eu fico arrepiado. Melhor parar e rezar pedindo a Deus que mergulhe nos nossos corações e traga a paz. E que evite outras dores como esta que C. Grande levará muito tempo para esquecer.

Um comentário:

Unknown disse...

faça suas as minha palavras caro amigo, como familiar sei da dor que todos nos sentimos, tbm sei que e muito dificil mas agora nao presizamos colocara aculpa em niguem, foi uma fatalidade assim como ele estava la poderia ser qualquer outro professor ate mesmo mainha que e tia e tbm professora, fui aluna de osvaldo e sei como eele e responçavel. infelizmente so temos a lamenta.