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terça-feira, 3 de maio de 2011

A Voz de CG (Um dos melhores blog da Região) completa 01 Ano - Leia Texto Especial de João Paulo

 A Origem.
* A voz de CG

Ontem essa página completou um ano de existência. Um ano, uau! Acha pouco? Equivale a uns 14 anos na idade canina. E pra mim também é muito (Mas, eu não sou cachorro não!). Um ano narrando opiniões, notícias sem importância, crônicas de beatas ensandecidas, fábulas políticas, histórias da carochinha e pra boi dormir, sandices e outros besteiróis que encontram aqui nessa rua suja de endereço eletrônico tosco, espaço virtual mais recôndito da internet, habitado pela mais baixa casta de gente que consegue ler essas palavras sucateadas em forma de texto e ainda sim tirar algum proveito (amo vocês leitores). 

Pra ser redundante e aproveitar o ensejo, quero externar meus agradecimentos a todos vocês leitores deste espaço (ai que horror, falei que nem um ganhador gay do Big Bosta Brasil). Mas é verdade! Agradeço àqueles que leem todas as matérias que publico (mentira, essas pessoas não existem), os que leem semanalmente então (isso quando publico semanalmente, matérias semanais estão escassas nesse endereço), mensalmente (agora sim) ou até mesmo os que se perderam por aqui, viram, leram, acharam uma bosta e nunca mais voltaram (maioria esmagadora de público por aqui­). A todos que contribuíram, mesmo que de forma singela, com suas visitas e comentários, o meu muito obrigado.

Tirando Patrício, que me ajudou com o layout (inclusive a imagem atual é criação dele) e outras ferramentas do blog quando eu ainda estava engatinhado por esse meio, e meu irmão Rodrigo, com alguns pitacos ridículos, mas que incrivelmente me deram ideias para algumas matérias, esse blog é feito por apenas duas mãos calejadas, um par de olhos com miopia, um cérebro carcomido e uma alma sebosa, mas sedenta pela expressão, seja qual for a forma.

Faço sozinho, e pra ser sincero nem quero ajuda, já bastam as decepções e contradições de minhas próprias palavras. Mas nem sempre foi assim... Na verdade, o que era pra ser uma equipe acabou se transformando em uma EUquipe. Começou como uma ideia no imaginário de três jovens universitários (Eu e meus amigos e colegas de turma Carlos e Bruna) amantes das palavras, em especial daquelas que dizem tudo, mesmo sem dizer nada, sacas? Não? Tipo essas. Tudo bem, sigamos. 

A primeira experiência pelo virtuoso e virtual mundo da internet (mais especificamente no segmento de blogs) seria em uma página que se chamaria “Turbo Trio” (plágio descarado de um grupo homônimo de rap, “é mano, tá ligado”), destinado a fazer a mesma coisa que faço aqui, só que em escala “global” (é, nós éramos pretensiosos) e adotando uma linha mais sisuda, mais austera, sem essa veia cômica a que o piadista malsucedido que vos escreve teima em seguir. Suplantados pelas atividades diárias desenvolvidas por cada um, o projeto não pode seguir adiante e ficou relegado ao plano imaginário e à boa vontade dos desiludidos. Porém, teimoso que sou, abracei a ideia sozinho e dei origem, nesse mesmo dia (de ontem), há um ano, a esse espaço como vocês o conhecem aqui. 

Sem a ajuda dos universitários, pulos, placas ou cartas eu entrei no jogo sozinho. Só que com outra proposta em mente. “Não darei conta do mundo todo sozinho então vou falar de generalidades com uma abordagem mais regional, lançando meu alicerce editorial sobre minha manjedoura natalícia, meu amado refúgio interiorano, Campo Grande”, pensei.

Realizei um estudo cabal e minucioso, com direito a pesquisa estilo IBGE e tudo mais do segmento de blogs na cidade antes de me engajar nessa empreitada amadorística (mentira, fiz uma simples busca no Google). Nas minhas observações percebi que haviam poucos espaços do tipo na cidade, a saber, o Notícias do Sertão (do Caramuru Paiva), o CG News (de Patrício Heráclito, hoje sob o domínio de site e não mais blog), o Encontro com a Notícia (de Israel Santiago), dentre outros que não totalizavam dez se não me engano. Notei também que esses canais de distribuição de notícias eram muito semelhantes, pra ser eufêmico e não dizer quase idênticos. Acontecia que, na maior parte, estavam pura e simplesmente fazendo cópias e atribuindo crédito (ao menos isso) à fonte de onde eram retiradas as matérias. Claro, um blog não vai deixar de publicar uma notícia importante só porque outro já o fez, mas a partir do momento que isso se torna corriqueiro, e como leitor eu percebi isso junto com outras pessoas que corroboraram com a afirmativa, sem a preocupação de uma segunda apuração dos fatos ou de dar sequer outra abordagem ao assunto, isso se torna nocivo para o leitor, que tinha e estava desprovido ao mesmo de tempo de opções. 

Com a análise desse cenário em mãos eu resolvi adentrar nessa expedição para tentar mudar um pouco essa uniformidade, criando um blog que trata de diversos assuntos, mas com uma abordagem bem diferente. Ao invés de seguir uma linha jornalística mais austera e sisuda eu preferi trilhar por caminhos mais “tortuosos”, adotando uma veia cômica nas matérias, um sarcasmo característico e uma ironia peculiar, ou seja, fracasso total.

Nome? A Voz de CG. Não é dos melhores eu sei, pra falar a verdade é muito ruim. Já não basta a zuação generalizada com lugares interioranos e alguns amigos da capital ainda ficam me perguntando se eu já fui locutor da cidadela. Já recebi incontáveis críticas pela denominação. Se fosse apenas o fato de ser adjetivado de feio eu nem ligaria, feio é se chamar Herculana ou Gemima (sim eu conheço essas pobres criaturas). O problema é que associam o nome à opinião da cidade ou a notícias dela, e não é nada disso. Na verdade é a minha própria voz (consciência, ou falta dela) compartilhada aqui em pixels com vocês, e o espaço é destinado a comentar, claro, coisas da cidade, mas não somente. Bom, digam o que quiserem, pelo menos há um consenso com relação à proposta do blog.

Hoje há uma maior pluralidade graças ao boom de novos espaços que surgiram e continuam a aparecer. A diversidade começa a surgir, hora vejam só, até meu irmão, que nunca foi afeito à leitura (entrego mermu Rodrigo), criou sua própria página, que abrange o estranho mundo dos aboios e vaquejadas. Isso é bom, estou longe de achar que concorrência é prejudicial, pelo contrário, nesse segmento ela é muito benéfica, e fico feliz de figurar entre os primeiros desbravadores desses espaços na cidade. Isso só quer dizer uma coisa, mais gente debatendo, mais gente discutindo, mais gente preocupada em fazer com que suas VOZES sejam ouvidas através dessa maravilhosa ferramenta de comunicação. 

No decorrer desse um ano eu opinei, discuti, agitei, controverti, debati, tratei, alterquei, discordei, dissenti, criei inimizades (PAUSA), lutei, afrontei... todo tipo de verbo que imaginar. Paguei uma de político, prometi e não cumpri. Exemplo? Disse que ia tentar diminuir o tamanho dos textos, como veem, não consegui e até desisti de tentar fazer isso, esse blog agora é voltado pra quem gosta de ler. 

Ao longo desse período saiu quase de tudo, desde notícias irrelevantes a crônicas de beatas ensandecidas; de fábulas políticas até memórias e choramingos sem importância do blogueiro; de avacalhações do cotidiano a textos humorísticos sem graça nenhuma; nada mais que letrificações débeis dos pensamentos inúteis dessa alma sebosa que vos escreve. 

Vou corrigindo os erros, melhorando aqui e acolá, e começando a pensar ainda mais no futuro. “Ah, será que A Voz chega aos cinco anos?” Pra ser sincero, não imaginei que chegasse nem até aqui. Na minha mente ingênua e inocente a se aventurar por estas bandas, seria apenas mais uma de minhas empreitadas amadorísticas momentâneas e passageiras (redundância?). Não... Momentânea porque aproveitei a oportunidade para fazer críticas a algumas coisas que aconteciam na nossa cidade e passageira porque não acreditei que continuaria por muito tempo, perduraria até o instante que percebesse o fracasso a que aparentemente estava fadado, mas como veem, tomei gosto pela coisa. 

Arrependimentos? Um homem sem arrependimentos é um homem perfeito, aquele que nunca errou. Nunca fui esse homem. Errei muito, mas se considerarmos a máxima de que aprendemos com os erros é melhor lamentar algo que fiz errado do que se arrepender de nunca ter tentado fazer e deixar de aprender. Seguirei errante aqui até quando o tempo me deixar (Desculpa pelo plágio Paula Toller). Continuarei reciclando meus verbetes e neologismos inúteis até que um dia alguém descubra esse espaço e ofereça uma fortuna para letrificar minhas paupérrimas ruminações em outro sítio. Enquanto isso não acontece, sigo por aqui mesmo. 

Ando negligenciando o espaço ultimamente, mas prometo (o tempo dirá se é promessa de político ou verídica) que retomarei com mais ânimo as atividades em breve.

Um grande abraço a todos!

* Texto e imagem do www.avozdecg.blogspot.com

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