Reforma Agrária



Zé Maria Cabecinha, de Petrolina

 Conheça mais um pouco de Zé Maria Cabecinha e a história do assentamento Ronaldo Valência

* Caramurú

Zé Maria é um dos 48 assentados da reforma agrária do Ronaldo Valência. Depois de anos de luta liderado pelo nome homenageado com a denominação do assentamento, mais de 200 pessoas foram construir seus sonhos de uma vida melhor povoando uma terra antes desabitada.

Só aí temos um resultado fantástico. Aquela antiga Fazenda de um proprietário que se beneficiou dos recursos da SUDENE e foi embora, agora é de muitos que fizeram a reocupação espacial de um setor rural de Campo Grande.

Divididos em três agrovilas, as 48 famílias construíram casas boas de dois quartos, sala, cozinha, alpendre e banheiro. Em seguida receberam o fomento I e compraram animais, sobrando um pouco para consertos das cercas. O último recurso que chegou foi o semi-árido cujo investimento resultou na construção de uma mini adutora que levou água encanada para todas as casas.

Para a maioria foi à primeira vez que tiveram um bem, uma casa, uma terra para plantar e animais próprios para criarem. Enquanto aguardam o fomento II, Zé Maria e os demais assentados vêem chegarem novos investimentos. Na agrovila Petrolina recentemente foi implantado um projeto de hortas orgânicas articulado pelo técnico Fábio Fernandes.

O novo projeto que chegou e abriu os sonhos de Zé Maria é a criação de peixes em tanques redes, aproveitando 300.000.000 m3 de água da barragem de Umari que fica a menos de 100 m das residências. As contas dele levam a R$ 36.000,00. “Mas vai ter muito trabalho”, prevê com razão o assentado. O investimento é da EMPARN.

Embora as coisas vão acontecendo numa velocidade menor do que as famílias necessitam a começar pelo INCRA que é lento mesmo tendo pessoas compromissadas na sua direção. Mas é inegável que a vida de Zé Maria e os seus colegas assentados estão melhores. A vida vai bem porque tem mais patrimônios e também porque tem mais perspectivas de futuros felizes.