Em Campo Grande o alcool tem mais vítimas fatais do que as drogas ilegais
* Caramurú
Na nossa enquete sobre alcoolismo apenas 8% dos participantes disseram nunca haver provado bebida alcoólica, menos do que os 25% posicionados como alcoólatras. No total, 92% ou já usaram ou usam com frequencia. A enquete pode variar, mas o número se aproxima da realidade conhecida em Campo Grande e região.
Sem dados oficiais para assegurar a nossa informação, conversei com conterrâneos sobre alcoolismo e obtive a mesma interpretação de que as vítimas fatais da 'droga legal' em Campo Grande é superior as das ilegais. Desta desconheço viciados da terrinha que morreram. Mas do consumo de alcool são conhecidos muitos casos de mortes por cirrose ou mesmo de bêbados encontrados mortos. Perdi um grande amigo assim e alguns conhecidos também.
Não estou a defender as ilegais, mas os efeitos do alcool são mais dissimulados. Uma coisa diferente é o uso social por alguém que trabalha e ingere alcool um pouco nas horas vagas e pode pagar pelo vício. Outra bem diferente são jovens fazendo desta prática um hábito estimulado nas propagandas de jovens engraçados, Beto Barbosa e mulheres bonitas que passam na TV.
Na realidade dos alcoolatras, a história é bem diferente. O alcoolatra perde família, fica 'bêbado chato', sai do trabalho, sofre isolamento social, passa por transtornos mentais, as vezes é acidentado e, nos casos extremos, chegam a morrerem.
Como disse nesta e outra matéria, não tenho domínio técnico deste terreno, mas sinto um grande problema no consumo de alcool que pode ser curado como em diversos e bons exemplos campograndenses, mas numa grande parte fica invisilizado e por conseguinte desgraça a vida de muitos jovens e adultos; bem como dos familiares.
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