Fuja da desgraça do Fofoca |
Fuja da fofoca no trabalho
* Pedro Pereira
Comum em muitas empresas, o ‘disse-me-disse’ pode prejudicar a produtividade e a carreira, afirmam consultoras.
Por Rômulo Martins
Se você já foi vítima de fofoca no trabalho ou teve de conviver em um ambiente recheado de murmurinhos saberá do que estou falando. É de supor que não tenha sido nem um pouco confortável. “A fofoca torna horroroso o clima organizacional”, dispara Irene Azevedo, diretora de negócios da DBM Brasil e professora da Brazilian Business School.
Por Rômulo Martins
Se você já foi vítima de fofoca no trabalho ou teve de conviver em um ambiente recheado de murmurinhos saberá do que estou falando. É de supor que não tenha sido nem um pouco confortável. “A fofoca torna horroroso o clima organizacional”, dispara Irene Azevedo, diretora de negócios da DBM Brasil e professora da Brazilian Business School.
Aparentemente genuíno e despretensioso, o disse-me-disse no universo corporativo pode tomar proporções gigantescas. Pesquisa realizada pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado, revelou que 60% dos executivos consideram a fofoca a principal razão do estresse no trabalho.
“Quando a fofoca impera com maior intensidade e frequência é sinal de que a comunicação da empresa não está fluindo nada bem”, diz Vera Martins, diretora da Assertiva Consultores e autora de “Seja Assertivo” e “Tenha Calma”, publicados pela editora Campus.
Outras causas
Segundo as consultoras entrevistadas pelo Empregos.com.br a fofoca é inerente ao ser humano, todavia alguns fatores contribuem para o seu aparecimento e fôlego no ambiente empresarial. São eles:
Segundo as consultoras entrevistadas pelo Empregos.com.br a fofoca é inerente ao ser humano, todavia alguns fatores contribuem para o seu aparecimento e fôlego no ambiente empresarial. São eles:
- Estilo de gestão centralizada que usa um sistema de comunicação de via única. Ocorre quando a informação desce na pirâmide hierárquica como ordem, não existindo o retorno do receptor (profissional);
- Falta de transparência na comunicação. Assim a informação não flui livremente, de forma aberta e honesta;
- Maior estímulo à competição e menos à colaboração e reciprocidade, o que gera falta de confiança e desrespeito entre os colaboradores;
- Clima ameaçador ou no qual os profissionais não se sentem à vontade;
- Profissionais não são envolvidos nas decisões do seu trabalho ou lideranças não conseguem montar uma equipe comprometida;
- Profissional inveja a performance do colega de trabalho por não ter a mesma empatia e visibilidade diante da equipe e superiores.
Consequências
Vera Martins, da Assertiva Consultores, afirma que relações interpessoais permeadas por fofocas são marcadas por um clima de incertezas. “Fatalmente contaminará o foco do que é realmente importante para o profissional e para a empresa.”
Vera Martins, da Assertiva Consultores, afirma que relações interpessoais permeadas por fofocas são marcadas por um clima de incertezas. “Fatalmente contaminará o foco do que é realmente importante para o profissional e para a empresa.”
A fofoca torna ainda o profissional desmotivado e interfere na produtividade de toda a equipe. “O fofoqueiro perde o foco no trabalho e deixa de construir boas redes de contato. Ou seja: prejudica o próprio desenvolvimento profissional”, ressalta Irene Azevedo, da Brazilian Business School.
Imunize-se
Ao ser abordado por um fofoqueiro a orientação é agir com firmeza sem perder a compostura. “Não se envolva. Corte o assunto; diga que a história não lhe diz respeito”, recomenda Irene.
Ao ser abordado por um fofoqueiro a orientação é agir com firmeza sem perder a compostura. “Não se envolva. Corte o assunto; diga que a história não lhe diz respeito”, recomenda Irene.
Vera sugere submeter o boato a três peneiras: a peneira da verdade, bondade e necessidade (nessa ordem). Ou seja: se o assunto não for verdadeiro e se você não gostaria que dissesse o mesmo a seu respeito não há necessidade de passá-lo adiante. “Evite completamente dar margens a determinados comentários que em nada acrescentam valor ao seu desenvolvimento.”
Se o alvo da fofoca for você, assuma uma postura madura e construtiva, aconselha Vera. “Primeiro o profissional deve avaliar o impacto da fofoca e concluir se vale a pena ou não confrontar o fofoqueiro. Se a sua imagem estiver sendo prejudicada, aja e faça um confronto de forma firme e incisiva. E não se esqueça de apontar as conseqüências, caso tal comportamento perdure.”
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