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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Professora Evinha de Lula conta o sentimento do curso em Fortaleza

Uma assessoria diferente. Registro da capacitação das professoras da Escola Ieda Medeiros em Fortaleza/CE
* Evinha de Lula

Nos dias 16, 17 e 18 de outubro, os professores do Projeto Ultrapassando Fronteiras, a direção e supervisores da Escola Ieda Medeiros participaram de uma “assessoria diferente” na cidade de Fortaleza. Fizeram-nos companhia o vice-prefeito Caramuru Paiva e a nossa colega Iracema.

Saímos exatamente às 13:05 h. Alguns professores estavam tensos (inclusive eu) por nunca terem se deslocado e assim deixar filhos, mãe, esposos, etc.

Porém prosseguimos o nosso percurso rumo ao Ceará, um longo caminho repleto de expectativas.

Ao chegarmos a Fortaleza fomos recepcionados por alguns componentes do Projeto Dom Helder Câmara, que conduziu até o hotel onde ficaríamos.

O Hotel escolhido para nos acolher: Sonata de Iracema localizado na Avenida Beira Mar 848 – Praia de Iracema. “Coisa de 1º mundo”.

Fomos recepcionados e muito bem acolhidos pela maravilhosa equipe que coordena nosso trabalho: Antonia Félix, Elva e Cleonice.

Havia também outras ilustres personalidades o Sr. Celso Crisóstomo, Secretário Adjunto de Saúde de Fortaleza e a sua esposa, a Sra. Esperança; pessoas que trabalham em favor da educação.

Como todos estavam cansados da longa viagem, guardamos a bagagem, conhecemos os apartamentos nos quais ficaríamos e voltamos para dá início aos nossos trabalhos.

Inicialmente, pensávamos que iríamos trabalhar, mas fomos surpreendidos, fomos levados a um restaurante onde jantamos e em seguida visitamos uma feira de artes que fica em frente ao hotel. Tiramos muitas fotos.

Como já estava um pouco tarde, fomos levados a um passeio que teve início na referida feira e depois pelas ruas da capital cearense. Visitamos um lugar muito bonito (o Dragão do Mar), uma espécie de ponte, uma grande estrutura arquitetônica, muito bem bolada. Subimos muito para chegar lá em cima (alguns colegas sentiram medo, pois é um pouco alto). Registramos aquele momento e continuamos o nosso passeio. Fomos levados a outras ruas onde há muitas lojas de roupas e objetos (acessórios caros). O passeio pelas ruas foi uma aventura.

Retornamos ao hotel, nos despedimos e fomos conduzidos aos referidos apartamentos. Alguns colegas não se sentiram a vontade para usar o elevador, mas era necessário, “a escada nos faria perder muito tempo”.

Então ficamos em um quarto triplo no 5º andar, apartamento 501: Ozana, Ana Claúdia e eu. Os demais ficaram em andares diferentes, em quartos duplos ou triplos.

Como mencionei, fomos muito bem acolhidos, os apartamentos então “um luxo”. Camas superconfortáveis, TV, ar condicionado e uma vista belíssima para o mar.

Estávamos encantadas com toda aquela acolhida e nos sentíamos muito importantes.

Recebemos uma linda camiseta personalizada, a qual usaríamos no dia seguinte.

Apesar do cansaço, demoramos a dormir, toda aquela acolhida fazia-nos refletir a nossa importância em está participando de tão grandioso projeto e da nossa responsabilidade.

Pela manhã, nos levantamos cedinho para tomar café.

Após pouco tempo todos foram chegando para tomar café. Nós as celebridades do doía, marcávamos a nossa presença, destacando-se pela camiseta do nosso projeto. Todos nos olhavam, alguns perguntavam a nosso respeito.

Ao terminar o café, fomos conduzidos a um salão (no hotel mesmo) próximo à piscina para iniciarmos os nossos estudos. Junto ao nosso grupo, havia outra equipe de professores (educação contextualizada) que vieram mostrar o seu trabalho e conhecer um pouco o nosso.

Iniciamos o nosso estudo, onde já tínhamos entregado as nossas aulas entrevistas na noite anterior.

Antonia Félix deu início aos trabalhos fazendo uma breve apresentação e em seguida fizemos o contrato didático com os horários dos dois dias de estudo. Foi exposto o que faríamos nesses dias.

Iniciamos escrevendo as nossas expectativas e compromissos para aquele momento e em relação a nossa prática pedagógica.

Em seguida, dando continuidade, os professores da educação contextualizada fizeram a exposição de seus trabalhos em uma espécie de “entrevista”. Ali eles expuseram sua maneira de trabalhar, as dificuldades que encontram etc.

Depois de uma manhã puxada fomos almoçar. Fomos levados ao mesmo restaurante no qual jantamos. Almoçamos e retornamos.

No período da tarde expomos nossas angústias vivenciadas durante o mês que passamos com parte da nossa turma (em turmas diferentes).

As aulas entrevistas foram expostas ao grupo de professores para que eles pudessem ver como segue o nosso trabalho, como é feita a avaliação da aula entrevista. Em relação as trocas de turmas, houve avanços significativos, porém resolvemos não mais continuar por causa de alguns contratempos ocorridos, ou seja, teve os pontos negativos (e foram muitos).

Eu que não só eu, mas todos gostaram é sempre bom “está de volta”.

Dando continuidade, o grupo de professores do RN, foi convidado a fazer uma exposição de um dia de aula (fazer planejamento e apresentar essa aula para os colegas presentes).

Eu acho que nós não entendemos o que realmente eles queriam, era que fizemos uma encenação de um dia de aula.

Nós expomos o nosso plano de uma forma dialogada (e na verdade não era isso que eles esperavam). E isso não achamos legal, o tempo era pouco para preparar tudo. Mas sabemos exatamente o que fazemos em nossas salas de aula.

Desse acontecido não gostamos. Mas os “puxões de orelha” nos serviram de aprendizado.

Marcelo, Assessor do Secretário de Educação do Estado do Ceará, esteve conosco durante o dia todo (17/10) e é sempre ele que nos faz essas provocações.

O lanche foi servido pelos coordenadores e era um grande banquete: uma belíssima organização em uma mesa muito bem posta.

Partilhamos o “pão” (merenda pedagógica) e retornamos aos estudos.

O Sr. Celso Crisóstomo, Secretário Adjunto de Saúde de Fortaleza, fez uma bela apresentação sobre o tema da psicologia.

Após o longo dia de estudo, a noite tinha uma atividade mais prazerosa.

Dessa vez fomos levados novamente ao Dragão do Mar para ver uma apresentação que haveria; quando chegamos lá, não encontramos mais um lugar legal para ficar, estávamos cansados e ficar “em pé” não dava.

Então, Cleonice e Elva (os nossos anjos da guarda) nos levaram a uma outra feira onde tem muitas coisas para vender (objetos baratos e caros). Isso a beira do mar. Compramos lembrancinhas para nossos filhos, parentes, etc.

Passseamos pelas ruas onde ficam os melhores hotéis de Fortaleza, onde somente a “elite” freqüenta.

Depois desse passeio, o grupo já estava um pouco disperso (não estava mais toda a equipe), então, voltamos para próximo ao hotel (tínhamos combinado que iríamos a um rodízio de pizzas), mas ficamos por ali mesmo, onde saboreamos uma pizza muito gostosa.

Depois nos despedimos e retornamos aos apartamentos. Apesar de cansados, é impressionante como ainda ficávamos acordadas conversando. A volta ao quarto nos dava a oportunidade de diálogo com nossas companheiras.

Em fim, dormimos.

A manhã de domingo. “Essa manhã promete”.

Tomamos café da manhã, aproveitamos o máximo, pois era o nosso último café no hotel, e em seguida retornamos aos trabalhos.

O grupo de coordenadores, diretoria e supervisores ficou em outra repartição com Antonia Félix e os professores reuniram-se para planejar a semana de aula.

Foram trazidos novos materiais. Houve a escolha dos textos que seriam trabalhados por cada professor, trocas de idéias de jogos, formas de servir a merenda, etc.

Concluídos esses trabalhos, fomos avisados que iríamos a praia.

Retornamos aos apartamentos para nos preparar. Nós não ficamos na praia em frente ao hotel, fomos levados à praia do Futuro e lá passamos bons momentos. Mas nem todos tomaram banho de mar.

“Eu particularmente adorei”.

Depois de muitos mergulhos (parecíamos crianças), alguns não resistiram e entraram na água de calça jeans (foi muito legal).

Agora tínhamos que concluir o nosso trabalho.

Fomos levados para almoçar em um lugar muito especial, era tudo muito rústico, mas sofisticado, onde segundo Cleonice, somente políticos freqüentam, pois é muito caro, e nós estávamos lá.

Todos a mesa, partilhamos o “pão”, depois expomos as nossas expectativas e compromissos em relação a nossa prática enquanto professoras alfabetizadoras que somos. Renovamos o nosso compromisso de alfabetizar todos. Nos comprometemos em ser solidárias e assim encerramos os nossos trabalhos.

Agora era preciso voltar ao hotel e organizar-se para a volta. Tínhamos que chegar ao hotel antes das 14 horas, horário que encerrava a nossa diária no mesmo.

Apesar do motorista ter tentado, ele não conseguiu chegar no tempo previsto e quem havia tomado banho de mar, não teve tempo para tomar banho e tirar o sal do corpo.

Mas mesmo assim, valeu a pena. No caminho paramos e resolvemos este problema. Quem tomou banho no mar, banhou-se em água doce em uma lanchonetezinha (beradeira) na cidade de Beberibe.

No caminho de volta, apesar do cansaço havia muita alegria dentro do carro (piada, música, etc).

Apesar do trabalho ter sido puxado, trouxemos conosco a satisfação de ter tido a oportunidade de conhecer outro estado, de ter sido muito bem acolhidos e principalmente: ter aprendido muito, e finalmente pela grande satisfação de está voltando para casa literalmente (e para nossas salas também).

E o que é melhor, com os nossos compromissos renovados.

Se fizermos direito e com muito carinho e dedicação: todos podem aprender.

Agradecimentos: Em especial a Deus que nos permitiu uma ótima viagem ida e volta e todos aquels que de certa forma contribuíram para que esse encontro fosse possível. A toda equipe do Ieda pela força que me deram para que eu pudesse acompanhá-los. Tenho certeza que naquele momento, se não fosse também pelo apoio que tive de vocês eu não teria ido.

“O meu muito obrigado a todos”.

Salmo 37-5:
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará”.

* Evinha de Lula é professora da Escola Municipal Ieda Medeiros Saldanha
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