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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um papo com Dulcivan Teodoro sobre o PT do interior do Brasil

PT campograndense de 1990. Deste abraço que dei no Presidente Lula muita coisa mudou
O PT interiorano cresce como o PT nacional. Aliás o interior é o nacional !
* Caramurú

Flamenguista Dulcivan, o Elton é palmeirense ? Sendo assim, a conversa com um vascaíno acontece no pior momento para ele, devido a seqüência de jogos com resultados favoráveis somente para o lado do Gigante da Colina. Entretanto, não poderia deixar de responder nesta oportunidade para garantir a máxima da democracia defendida pelo nosso blog. Aqui liberdade de expressão não é apenas para o assunto de conveniência.

Antes da questão do PT interiorano, volto a evidenciar as contribuições dos Dulcivan e dos Elton para a qualificação das atitudes que contribuem para a cidadania. Opinar e exigir esclarecimentos e correções, como vocês têm feito, é o mínimo que cada pessoa deve fazer para a construção de uma sociedade sem manipulação de consciências e com o reconhecimento coletivo e a defesa dos direitos e deveres da maioria. Daí a importância do confronto de idéias. Evidente que existem os exageros nos debates como também há a negação de faze-lo preferindo os comentários anônimos nos murais ou nas calçadas que constituem bastidores de mentiras e fofocas. Estes dois extremos não maléficos. É horrível os que agridem e péssimo os que se calam.

Voltemos primeiro ao PT de Triunfo Potiguar. Quando fiz referência a reestruturação, disse com esperança ao ver uma presença respeitosa como a de Dona Sinhá, junto com um grupo, tendo a oportunidade de se juntar com Chaguinha do Banco, Aderson Samuel, Aldenoura, Angela Pereira, Júnior e outros que tem potencial para eleger um mandato petista. Mas isso que faço é uma alusão aos petistas que conheço de antes. Não sei a realidade atual daí, no entanto, tenho o compromisso de acompanhar e ajudar na estruturação do PT triunfense.

Mas vamos generalizar a conversa de Triunfo para todo o interior do país. Como você bem disse, por não ser ciência exata, existem formas diferentes de analisar a política e o PT. Portanto, farei uma abordagem resumida daquilo que entendo ser o crescimento partidário. Evidente que coloco este olhar a partir da minha posição de militante de muito tempo. Portanto, terá intenção de ser uma análise verdadeira, mas em nenhum momento imparcial.

Para mim o Brasil começa em Campo Grande. Quero dizer com isso que o interior é o nacional. E a recente pesquisa do Vox Populli mostra um aumento do gosto pelo Partido dos Trabalhadores na preferência do povo brasileiro, sendo quase 4 vezes mais do que o segundo colocado. Também credito as sucessivas vitórias de Lula e Dilma pelos interiores nordestinos aos incansáveis militantes e lideranças partidárias espalhados pelo país. Exemplo foi a última eleição nacional, em Campo Grande, quando no segundo turno ampliamos o ótimo percentual que Dilma tinha obtido no primeiro, mesmo a gente enfrentando uma forte articulação das forças tradicionais.

Talvez você ao pensar no PT se refira exclusivamente as eleições municipais, vendo os cargos eletivos. Mas mesmo por aí é evidente também o crescimento de representações tanto no número de vereadores quanto nos vice prefeitos e prefeitos, sobretudo se olhar para o lado nas vizinhanças de Paraú, Messias Targino, Caraúbas, Patu, Olho Dagua do Borges, Umarizal, Janduís e Campo Grande.  A média mostra um aumento na representação do voto e dos mandatos petistas.

É fato que trazemos um método novo de conquistar o voto, contrariando a tradicional artimanha da compra da consciência com favores (quase sempre feitos com os próprios recursos dos impostos públicos pelos gestores) que transformam quem recebe em eternos devedores. Mas noutro caminho da cidadania conseguimos ampliar o número de pessoas que votam a partir de reflexões conscientes e que amedrontam os centenários donos de currais eleitorais.

Partindo do exemplo campograndense para concluir esta análise de que o PT cresce, reporto aos números que mostram o Partido dos Trabalhadores na margem dos 1.000 votos ( ou sempre acima de 700) quando somados os candidatos proporcionais desde 2006 (Fátima = + de 800, Glauco = + de 100 e os votos de legenda), 2008 (vereadores petistas = 720 + votos de legenda) e 2010 (Fátima = + 710, Geraldo = 100 e votos de legenda). Sabe o que estes números querem dizer ? Significam que, se repetidos, em 2012 temos praticamente um vereador assegurado e uma boa sobra para buscarmos a segunda vaga. Pouco ? Não! será nosso crescimento.

Sem contar a participação decisiva que o PT teve em 2008 e terá em 2012 na eleição da chapa majoritária de Campo Grande. E além da vitória, estamos fazendo o exercício de um mandato de vice prefeito cidadão que possibilita um debate aberto neste nível, como também apóia a sociedade civil organizada e ajuda o município na conquista de recursos e projetos propulsores do desenvolvimento.

Ou seja, passados quase 30 anos da interiorização petista, estamos mais maduros e com uma lista de serviços prestados em muitos municípios o que se traduz num eleitorado que encontra num voto soberano dado aos candidatos petistas onde valem as razões éticas e os motivos esperançosos para acreditarem que o novo sempre vem na forma de melhorias que beneficiam o coletivo. Isto pode ainda não ser maioria em todo canto, mas é sempre crescimento.

Um comentário:

Dulcivan disse...

Parabenizo-o por emitir sua opinião a respeito do perguntado:Realmente o PT avança de forma entusiástica. Até que enfim estamos um pouco mais dentro do eleitor-político-consciente. Anseio ver um dia em que esse país trate a todos com igualdade e não na qualidade de dois pesos e duas medidas e que sejamos tratados como pessoas dignas e não abortadas. Que ao invés de pedirmos para sobreviver, possamos realmente VIVER. Parabéns pela coragem de se expor. A cortina deve ser coisa do passado principalmente para os políticos