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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O BANCO DA ESCOLA

*Simone Cabral
No banco da escola passamos um bom tempo das nossas vidas. Podemos contar partes, pedaços ou mesmo um inteiro da nossa vida, só com as lembranças e as memórias que somos capazes de recordar ao vivenciar esse período.
Não há idade melhor para ser estudante do que aquela em que estamos dispostos a ter uma rotina, tarefas, obrigações, seminários, avaliações...
Parece ser a parte, supostamente, chata dessa condição de ser ou estar estudante. Mas se não fosse por ela, como saberíamos o valor que é aprender? Em fazer amizades? Em combinar o trabalho na casa de uma amiga, só pra passar por perto da casa da pessoa paquerada? Ou mesmo, descobrir e acreditar que é possível estudar em qualquer época, tempo?
Não precisamos ser jovens para sermos estudantes. Precisamos, na verdade, superar determinadas condições, do tipo: “Estudar! Pra quê?”. Isso apenas coloca em dúvida a vontade de ocupar o banco da escola. Até porque, se formos avaliar com um pouco mais de cuidado a condição de estudante, vamos ver que a coisa não é bem assim.
Há algo de especial e, por que não, de mágico, nessa condição. Mesmo aquele/a que já é profissional, ainda que seja sério/a, rígido/a, metódico/a e disciplinado/a, sentou no banco da escola, é transformado por ele. Para muitos, é impossível evitar, muitas vezes, os cochichos, os flertes, conversas para marcar o encontro para depois da aula. Obviamente, há os que também conversam para combinar o estudo no dia seguinte na casa de alguém etc etc etc.
Os projetos, os sonhos, os desejos, os amores, podem crer, são pensados, conquistados no banco da escola. Ah! E se algum deles falassem... Melhor nem pensar...
De todo modo, seja uma ocupação passageira e pontual, isto é, estar estudante; seja uma condição que permeia e é inerente a existência de alguém, independente do grau e do nível de ensino que alcançou, ou seja, ser estudante, isso depende da forma como encaramos essa condição. O certo é que ao sermos estudantes estamos sempre renovando nossas esperanças e encontrando um novo jeito de ver o mundo.

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