Eu não sabia que vice-prefeito não pode trabalhar
* Caramurú
Acabo de sair da sessão da Câmara de Vereadores onde por 6 votos a 3 foi negado o Projeto de Lei do Poder Executivo que criava o Gabinete do Vice-prefeito e definia as atribuições. A população se fez presente, encheu o auditório e deixou clara a posição favorável a uma escolha simples, transparente e sem nenhuma dúvida: O VICE-PREFEITO DEVE OU NÃO TRABALHAR ? A maioria dos vereadores achou que não. Saí indignado por me ver empurrado para uma atitude que nunca foi minha que é a passividade de não trabalhar.
O projeto tramitava na Câmara havia quase 06 meses, portanto, houve todo tempo do mundo para o debate e a análise detalhada com direito a opinar sobre prós e contra, alterando, se fosse o caso, alguma atribuição definida para o cargo. Nenhuma sugestão para melhorar o projeto foi apontada, exceto a recomendação que ele fosse apresentado depois. Daí o único argumento contra é que geraria gastos. Então, o prefeito Bibi explicou que as despesas não passariam de um papel de luz, haja vista que seria utilizado um local próprio da prefeitura para instalar o gabinete e os móveis foram doados pelo INSS.
Ao final, cumprimentei um a um os vereadores e ouvi muitos “não é nada contra você, mas é que ...”. Eu entendi perfeitamente e afirmei também não haver nenhum ressentimento pessoal contra as escolhas políticas que eles e elas fizeram, mas não posso deixar de julgar como pequena demais as razões para cargos das grandezas que ocupam. Porque pesou na decisão, antes de qualquer coisa, o critério pessoal sobre o coletivo. Na verdade, o resultado era esperado uma vez que nos bastidores os argumentos eram de uma ofensiva para me punir pelo que sei fazer de melhor que é trabalhar para honrar a confiança do povo.
O erro cometido contra Campo Grande foi em 11 meses atuando como vice-prefeito ao lado de Bibi de Nenca ter conseguido R$ 1,7 milhão para a adutora do Sertão, R$ 900 mil em projetos e emendas intermediados pela Deputada Federal Fátima Bezerra e aumentado de R$ 400 mil para R$ 900 mil os investimentos previstos para o Conselho Municipal do FUMAC. Tenho errado por abrir as portas que conheço para o prefeito Bibi implementar algumas das suas ações. Sou ruim porque me coloco às vezes como assessor técnico elaborando projetos para a prefeitura. Peco ao apoiar Bibi de Nenca sem pedir beneficies, inaugurando uma nova era nas relações de alianças políticas. Não sou bom porque todo início de mês faço um relatório de atividades prestando contas ao prefeito e apresento minha agenda para construção comum. E o prefeito não sente ciúmes de nada disso porque sabe da minha fidelidade ao nosso projeto.
Com tudo isto, devo está me tornando chato, incômodo e ameaçador as bases políticas de uns vereadores. Há até quem argumentou que “eu estava ganhando asas demais”. Peraí, trabalhar pelo município é voar ? Então tenham certeza, estou pronto para virar um condor e não foi este tiro que me derrubou. Trabalharei mais e mais. Caminharei mais e mais. Buscarei mais projetos e sempre com um único objetivo que é engrandecer nossa terra. Porque sou agrônomo realizado que entrou na política não para sobreviver, mas para ajudar. Tinha faltado combinar comigo que eu deveria ficar parado, até porque se fosse assim eu não haveria aceito o convite.
Acredito que a Câmara na qual tenho elogiado pela postura austera desta atual composição deu um passo atrás ao rebaixar o debate a argumentos insustentáveis. Se eu errar, me acuse na tribuna. Se eu não agir com grandeza política, me queime nas bases. Mas preferir impedir a criação de atribuições para o vice-prefeito é sem muito sentido. Mas preciso fazer as justas ressalvas. A oposição cumpriu um papel político até compreensivo. Vagner e Arnaldo votaram com a grandeza de parlamentares comprometidos com o desenvolvimento da cidade. João Piscó votou sim, mas explicando que seu coração pedia o não. Dilcinéia e Branquinha foram taxativas nos não. O povo julgará as razões de cada um.
Finalmente, quero dizer aos que votaram na dupla Bibi e Caramuru para dá continuidade ao Governo de Bebeto e aprofundar as mudanças, tenham certeza que nem mudarei a minha posição política de governista e nem afastarei um passo da tarefa de colaborar com o Governo que me somei por acreditar e vejo cumprindo longo esforço para fazer a nossa terra querida crescer, superando amarguras e ranços políticos que só trazem atraso e sofrimento para nosso povo.
Termino como humanista, buscando inspiração em Darcy Ribeiro para dizer da motivação que segue pulsando nas minhas veias e no meu peito: “Fracassei em tudo que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria está no lugar de quem me venceu”.
* Caramurú
Acabo de sair da sessão da Câmara de Vereadores onde por 6 votos a 3 foi negado o Projeto de Lei do Poder Executivo que criava o Gabinete do Vice-prefeito e definia as atribuições. A população se fez presente, encheu o auditório e deixou clara a posição favorável a uma escolha simples, transparente e sem nenhuma dúvida: O VICE-PREFEITO DEVE OU NÃO TRABALHAR ? A maioria dos vereadores achou que não. Saí indignado por me ver empurrado para uma atitude que nunca foi minha que é a passividade de não trabalhar.
O projeto tramitava na Câmara havia quase 06 meses, portanto, houve todo tempo do mundo para o debate e a análise detalhada com direito a opinar sobre prós e contra, alterando, se fosse o caso, alguma atribuição definida para o cargo. Nenhuma sugestão para melhorar o projeto foi apontada, exceto a recomendação que ele fosse apresentado depois. Daí o único argumento contra é que geraria gastos. Então, o prefeito Bibi explicou que as despesas não passariam de um papel de luz, haja vista que seria utilizado um local próprio da prefeitura para instalar o gabinete e os móveis foram doados pelo INSS.
Ao final, cumprimentei um a um os vereadores e ouvi muitos “não é nada contra você, mas é que ...”. Eu entendi perfeitamente e afirmei também não haver nenhum ressentimento pessoal contra as escolhas políticas que eles e elas fizeram, mas não posso deixar de julgar como pequena demais as razões para cargos das grandezas que ocupam. Porque pesou na decisão, antes de qualquer coisa, o critério pessoal sobre o coletivo. Na verdade, o resultado era esperado uma vez que nos bastidores os argumentos eram de uma ofensiva para me punir pelo que sei fazer de melhor que é trabalhar para honrar a confiança do povo.
O erro cometido contra Campo Grande foi em 11 meses atuando como vice-prefeito ao lado de Bibi de Nenca ter conseguido R$ 1,7 milhão para a adutora do Sertão, R$ 900 mil em projetos e emendas intermediados pela Deputada Federal Fátima Bezerra e aumentado de R$ 400 mil para R$ 900 mil os investimentos previstos para o Conselho Municipal do FUMAC. Tenho errado por abrir as portas que conheço para o prefeito Bibi implementar algumas das suas ações. Sou ruim porque me coloco às vezes como assessor técnico elaborando projetos para a prefeitura. Peco ao apoiar Bibi de Nenca sem pedir beneficies, inaugurando uma nova era nas relações de alianças políticas. Não sou bom porque todo início de mês faço um relatório de atividades prestando contas ao prefeito e apresento minha agenda para construção comum. E o prefeito não sente ciúmes de nada disso porque sabe da minha fidelidade ao nosso projeto.
Com tudo isto, devo está me tornando chato, incômodo e ameaçador as bases políticas de uns vereadores. Há até quem argumentou que “eu estava ganhando asas demais”. Peraí, trabalhar pelo município é voar ? Então tenham certeza, estou pronto para virar um condor e não foi este tiro que me derrubou. Trabalharei mais e mais. Caminharei mais e mais. Buscarei mais projetos e sempre com um único objetivo que é engrandecer nossa terra. Porque sou agrônomo realizado que entrou na política não para sobreviver, mas para ajudar. Tinha faltado combinar comigo que eu deveria ficar parado, até porque se fosse assim eu não haveria aceito o convite.
Acredito que a Câmara na qual tenho elogiado pela postura austera desta atual composição deu um passo atrás ao rebaixar o debate a argumentos insustentáveis. Se eu errar, me acuse na tribuna. Se eu não agir com grandeza política, me queime nas bases. Mas preferir impedir a criação de atribuições para o vice-prefeito é sem muito sentido. Mas preciso fazer as justas ressalvas. A oposição cumpriu um papel político até compreensivo. Vagner e Arnaldo votaram com a grandeza de parlamentares comprometidos com o desenvolvimento da cidade. João Piscó votou sim, mas explicando que seu coração pedia o não. Dilcinéia e Branquinha foram taxativas nos não. O povo julgará as razões de cada um.
Finalmente, quero dizer aos que votaram na dupla Bibi e Caramuru para dá continuidade ao Governo de Bebeto e aprofundar as mudanças, tenham certeza que nem mudarei a minha posição política de governista e nem afastarei um passo da tarefa de colaborar com o Governo que me somei por acreditar e vejo cumprindo longo esforço para fazer a nossa terra querida crescer, superando amarguras e ranços políticos que só trazem atraso e sofrimento para nosso povo.
Termino como humanista, buscando inspiração em Darcy Ribeiro para dizer da motivação que segue pulsando nas minhas veias e no meu peito: “Fracassei em tudo que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria está no lugar de quem me venceu”.
2 comentários:
Dizer que criando uma estrutura de gabinete de vice prefeito não gera despesas é uma piada, e, que politicamente é bom, é outra piada, o exemplo mais contundente aconteceu em Nstal quando foi criada uma estrutura de gabinete para Micarla, vice de Carlos Eduardo e num piscar de olhos houve um rompimento por ciúme de poder.Seja mais humilde e devida com Bibi as laureas das verbas consegidas para Campo Grande, pois seu partido faz parte da coligação e tem cargos na Prefeitura.Para trabalhar como disse você não precisa de gabinete nem cadeira giratória.
Amigo Caramurú,
Confesso que li a matéria ontem duas vezes, li novamente hoje para tentar postar aqui um comentário sensato.
Mesmo morando no RJ a 6 anos faço questão de acompanhar de perto a administração da terrinha e sempre que posso mando minhas dicas, elogios e críticas.
Sobre este assunto cheguei a conclusão que: "ninguém melhor que o POVO para decidir se o Vice-Prefeito deve ou não ter um Gabinete".
O Certo mesmo seria fazer um plebiscito na cidade para que população pudesse votar contra ou a favor de tal Gabinete.
Muitos vão dizer: "Ah mas os vereadores são a representação do povo na Câmara", porém não é bem assim que funciona, e principalmente em Campo Grande. Infelizmente a política local ainda está amarrada em correntes de "politicagem", onde muitas vezes não se enxergar o bem estar da população e sim fazer valer um grupo Político X ou Y e na minha humilde opinião foi isso o que aconteceu na Câmara de Vereadores nesta Segunda-Feria dia 23/11.
Foi a população que escolheu Caramurú Paiva com vice-prefeito de Campo Grande, então tenho certeza que essa mesma População saberia com toda certeza se este Gabinete Traria ou Não melhorias para o Município de Campo Grande.
Daqui do RJ antecipo e faço questão de AFIRMAR que VOTARIA no SIM, tenho certeza que o Gabinete traria melhorias para o Município. Só faço questão de ressaltar que algumas limitações deveriam ser impostas a tal Gabinete para não transparecer a população que isso criaria uma "briga" de poderes na Prefeitura Municipal. Pois parece que em CG, qualquer pingo de chuva, vira tempestade!
Um Abraço!
Michael Freitas de Melo
Rio de Janeiro/RJ
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