Contradições na educação...
*Clayse-Anne Medeiros
A educação em nosso país sempre é prioridade para a maioria, senão, todos os governantes. Alcançar o número ideal do IDEB (6) é meta para 2022, para que o Brasil atinja o patamar dos países da OCDE. Entretanto, quando deparamos com algumas declarações ditas, não apenas em palavras, mas também em atitudes, percebemos que há contradições sobre aquilo que foi planejado para a educação. Esse texto expressa dois fatos que me indignaram nesses últimos dias: a posse de Tiririca para a comissão de educação e a declaração da professora e diretora da DIRED, Livanete Barreto, feita em reunião na Escola Adrião Melo, sobre os 50 alunos matriculados, justificando que a tendência deste número é cair, permanecendo apenas 30, elevando assim, a evasão escolar.
Queridos leitores, como não se indignar diante de tais fatos? Ora, a meu ver a bem sucedida votação do palhaço tiririca, nada mais foi do que o resultado de um protesto do povo contra as atuações dos nossos governantes, e quando digo isto, é pelo fato de o Brasil hoje se colocar num índice alarmante e assustador de corrupção. Vejam que atualmente, nossa bandeira está no topo da economia mundial, então por que a mudança se dá de forma tão lenta? Não precisamos refletir tanto para descobrir a resposta. Portanto, o povo se revolta e se vêem obrigados a fazer protestos dessa natureza.
Mas a educação nada tem a ver com isto. A educação é tarefa para aqueles que, não apenas tem a capacidade, idéias e os conhecimentos relevantes para atuarem, mas também responsabilidade, e, aquilo, uma vez dito pelo mestre Paulo Freire: “educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”. Educação é conscientização, é fazer o que for preciso para que ela aconteça. Se Jesus é a porta para salvar o homem de sua desgraça eterna, a educação é a porta para um futuro melhor e uma sociedade mais justa e igualitária.
Tiririca, o palhaço circense, é indicado a titular para a comissão de Educação e cultura da Câmara dos deputados, um espetáculo sem graça e nada educativo.
Outro fato digno de censura foi a declaração feita pela professora e atual diretora da DIRED, Livanete Barreto, descrita acima, acerca da problemática que a Escola Prof. Adrião Melo tem enfrentado, contrariando aquilo que se espera de uma representante da educação. A evasão tem sido um dos principais desafios da educação, e quem é professor consciente dessa responsabilidade, sabe muito bem, quais as contribuições necessárias para que este desafio seja superado. Nesse sentido, cabe a instituição escolar valer-se de todos os recursos dos quais disponha para garantir a permanência dos alunos na escola. E não o contrário.
Infeliz declaração, professora. Espera-se que representantes da educação, independente do nível de atuação no âmbito educacional, ajude a romper essas e outras barreiras e não erguer ainda mais dificuldades. E que isto seja feito, não apenas por que é lei e por causa de uma meta que se tem a alcançar, mas por que é bom e muito gratificante ver um jovem estudar!
Imagem ilustrativa: inacio-a.blog.uol.com.br
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