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domingo, 8 de março de 2009


Dilma diz a mulheres torturadas na ditadura que mantém desejo por construir nação melhor *

Em carta encaminhada aos integrantes da Comissão de Anistia, que julga nesta sexta-feira 17 processos de mulheres e familiares vítimas da ditadura militar (1964-1985), a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) afirma que os valores que alimentaram a sua luta contra o regime militar continuam presentes na sua disposição de construir uma "vida melhor para
toda a nação".

Na carta, a ministra envia mensagem de otimismo aos parentes das mulheres mortas em consequência da ditadura porque, apesar de convidada, não vai acompanhar o julgamento dos processos --por motivos de agenda. "Infelizmente não poderei compartilhar dessa homenagem especial às mulheres que lutaram na clandestinidade e de forma aberta na vida social pela democracia", afirma.

A ministra diz, na carta, que apesar da "perigosa travessia" realizada pelos militantes contrários à ditadura, ela continua no mesmo caminho de luta. "Não captulamos ante as adversidades. Conquistamos a liberdade para construir a nação democrática de nossos sonhos. Viemos para fazer valer os valores éticos que inspiraram nossas lutas históricas pela justiça social e pela liberdade", afirma Dilma.

Apontada como pré-candidata do PT à presidência da República em 2010, Dilma participou ativamente de grupos de guerrilha urbana que lutaram contra a ditadura. A ministra foi vítima de tortura cometida na época do regime militar e chegou às lágrimas, no ano passado, ao lembrar do período em que esteve presa nos porões do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), durante debate no Senado.


* Fonte: Gabriela Guerreiro, da Folha On line, em Brasília.

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