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quinta-feira, 19 de março de 2009

Walter Pomar é Secretário de Política Internacional do PT

O encontro de Lula com Obama e a política internacional do PT é acertada
* Caramurú

Durante o último Fórum Social Mundial estive assistindo a mesa de debate sobre a política internacional do Governo Lula e posteriormente tive a oportunidade de uma conversa com o companheiro Walter Pomar, Secretário de Política Internacional do Partido dos Trabalhadores. É verdade que as concepções do PT não se reproduzem na totalidade da política do Governo, mas por ser o partido o presidente, tem grande influência nas orientações gerais.

É fácil perceber a diferença positiva para o Brasil da ação do Governo Lula no cenário internacional e ela se evidencia no recém encontro entre o nosso presidente e Barack Obama dos USA. Na agenda foram debatidos os principais problemas da atualidade. Lula disse que vai propor a UNASUL a criação de um conselho para tratar do tráfico de drogas e assim evitar a dependência externa. Obama reconheceu que o Brasil mostra extraordinária liderança na questão dos biocombustíveis. Juntos acordaram em criar um grupo de trabalho para antecipar a discussão de propostas para a reunião do G-20.

Antes o Brasil tirava os sapatos para que um ministro pisasse em solo americano. Hoje opina de cabeça erguida contra a invasão do Iraque. Antes mantinha comércio prioritário com os USA. Hoje vende e muito para a Asia, Europa e América do Sul. Na questão da autonomia latinoamericana, evitou a assinatura da ALCA, já em vias de consolidação no Governo FHC e passou a fortalecer o MERCOSUL. Foi fundamental para evitar o golpe da Venezuela e se negou a brigar com a Bolívia quando os conservadores brasileiros pediam sangue na resolução da questão do gás boliviano. Foi o primeiro presidente brasileiro a percorrer todo o continente africano e pedir desculpas pelos gestos realizados contra os nossos ancestrais afros.

Lula é citado (e pela primeira vez na história de um presidente brasileiro) como um os 20 homens mais influentes do mundo. O país lidera o bloco dos emergentes. Discute na OMC contra o protecionismo dos ricos, especialmente solicitando quebra das barreiras ficadas contra nossa produção agrícola e pecuária. Tem gente que esperneia e o preconceito não consegue admitir a vitória da política internacional do Lula. Mas os dados estatísticos comprovam que esse grupo é uma elite, aliás, uma micharia de elite que não significa nem 20% do povo brasileiro.

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