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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pensando sobre o que a mídia pensa
* Caramurú

Esta semana, logo depois que o Partido dos Trabalhadores aclamou a ministra Dilma Roussef como pré-candidata à presidência da república pelo partido, a Revista Veja dedicou algumas das suas páginas ao assunto. Entre ironias e críticas os autores da matéria levantam mais dúvidas que certezas sobre a capacidade da ministra, que poderá se tornar a primeira mulher a governar o Brasil.

Dentre os argumentos nada de novo se apresenta. O radicalismo do PT aparece em destaque. Porém na nossa compreensão, a postura um tanto rígida que permeou o PT consiste na decisão de romper com o velho modo de fazer política. É possível que ele seja o ácido que azeda as velhas concepções hegemônicas, que defendem e lutam pela manutenção das classes dominantes como legítimos representantes da nação, fato que permeou a nossa história por mais de 500 anos. Talvez, muito a contragosto, durante todo o texto são feitos elogios expressivos ao presidente Lula.

De fato, não dá “pra tapar o sol com a peneira” e obscurecer a verdade em torno do presidente mais popular de nossa história, aprovado por 8 em cada 10 brasileiros, que sentem nas sua histórias pessoais os efeitos das políticas sociais por ele implantadas. Certamente, uma revista nacional não quer correr o risco de contrariar o que a mídia do mundo inteiro tem publicado. Quanto à afirmação de que Lula impôs a candidatura de Dilma, sem dúvida esse é um aspecto que está e continuará sendo avaliado pelo povo brasileiro.

Minhas observações não têm nenhuma pretensão de apresentar conclusões, mas apenas possibilitar algumas reflexões. Por isso finalizo com uma indagação: diante do extraordinário governo realizado por Lula, quem duvida da sua capacidade de identificar quem é que reúne as condições necessárias para lhe suceder?

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