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terça-feira, 3 de março de 2009


A Feira Livre e o dinheiro que sai/entra de/em CG
* Caramurú

Será agora no dia 25 de março que o prefeito Bibi vai lançar a FEIRA DE CONFECÇÕES com o objetivo de iniciar uns passos de uma caminhada aonde o objetivo final é tornar Campo Grande um pólo de corte e costura. "Toda caminhada começa no primeiro passo" com planejamento e esforço para dá continuidade ao trabalho que hoje é desenvolvido embrionariamente por Édina e outras mulheres.

O fato constatado e que todos e todas concordam é há um atraso no desenvolvimento social, ambiental, político, cultural e econômico do nosso município e os demais municípios da região. Neste contexto, é bom frisar que muito tem sido feito, mas o problema é nordestino, ou melhor, brasileiro.

Em 2007 eu já escrevi um artigo aonde falava de maneira bastante introdutória para fazer provocações sobre a questão de identificar de maneira bastante prática quais os gargalos que vem entravando o nosso crescimento. Como o tema é complexo nós repetimos a abordagem em outros textos postados no meu antigo blog.

E começando pelo aspecto econômico, especialmente aquele relacionado à circulação da moeda em nosso município. Claro, não tinha como ser diferente, falei da compra e venda na FEIRA LIVRE. Existe um adágio popular que fala assim “de pote onde se tira mais do que se bota um dia ele seca”. E essa é a primeira constatação importante de Campo Grande. A receita mensal que entra no nosso município rapidamente é escoada para as cidades vizinhas principalmente pelas FEIRAS LIVRES.

Há tempos que muitos moradores da comunidade Salgado fazem suas compras semanais na feira de Upanema. As comunidades de Cabeça do Boi, Caiana, Monte Alegre, Bom Jesus, Lagoinha, Cajueiro, Morada Nova e Bom Futuro, compram em Caraúbas ou Janduís. Triunfo Potiguar vem cada vez mais se vinculando a Assu. E a maioria das pessoas da zona urbana que tem melhor poder aquisitivo e o próprio poder público preferem comprar em Mossoró ou Natal.

A maioria dos produtos ofertados na feira livre de Campo Grande vem de fora o que faz o dinheiro sair. Incluindo nesta história os dois principais tipos de bancas que mais vendem que são as de roupas e as de verduras. Neste período, quando eu ainda estava no PDHC, implantamos a FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR em parceria com Sertão Verde, Prefeitura, associações rurais e Sindicato. O objetivo é ajudar a inverter o fluxo do dinheiro.

Mas é fato que a migração da receita continua mais de saída do que de entrada o que impede o aquecimento da micro-economia e da economia local. Reflete na redução do tempo e do tamanho da nossa feira livre, inibe o surgimento de novas e melhores pousadas e hotéis, diminui a renda dos donos de comércios pelos constantes “não pagamentos” ou “não vendas” dos seus produtos e intimida investimentos externos.

Diante desse contexto, iniciativas como essa de fazer a FEIRA DE CONFECÇÕES DE CAMPO GRANDE abrem luz sobre uma possibilidade de somar esforços de governos e sociedade pela promoção do Desenvolvimento Sustentável. É louvável e inovador ver a prefeitura agindo de frente na superação de um problema histórico. Aliás, entra em sintonia com a agenda do Governo Federal que no lugar de lamentar-se pelas consequências da crise mundial vem promovendo novos investimentos. Ou seja, prá frente é que se anda (como diziam os mais velhos).

Um comentário:

Luiz Guilherme Liberato Klusener disse...

Parabéns a atual administração, cada vez mais me surpreendo com as ações da gestão Bibi/Caramuru. Reconheço a dificil missão de gerar emprego em nosso municipio, pricipalmente atrair divisas, mas está gestão tem tentado e feito (pelo menos até agora) de forma inedita ações que refletem a preocupação para o avanço de mossa terrinha. As vezes tenho vontade de está morando em CG para acompanhar de perto estás mudanças.