
MST esclarece acontecimentos em Pernambuco
* Site do http://www.mst.org.br/
1– Nesses 25 anos de luta pela Reforma Agrária, o MST repudia a violência como solução para os conflitos no campo. Nós, como muitos outros movimentos sociais do país, fomos historicamente vítimas da violência da reação do latifúndio e do agronegócio. Segundo dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra), de 1985 a 2007, foram cerca de 1500 assassinatos de trabalhadores rurais, muitos deles mortos enquanto defendiam seu direito à terra.
2 – O caso recente de Pernambuco é um exemplo de ação em legítima defesa, a que os trabalhadores tiveram de recorrer para evitar mais um massacre. Pistoleiros e milícias armadas rondavam dois acampamentos – nas fazendas Jabuticaba e Consulta - desde sábado (21/02), conforme comprovam fotos e denúncias feitas à Polícia Militar. Os pistoleiros entraram armados no acampamento Consulta, depois de reocupado pelas famílias, e passaram a agredir um trabalhador, até levá-lo ao chão. Um dos pistoleiros chegou a sacar uma arma para atirar, e foi nesse momento que os acampados reagiram, em legítima defesa. No desfecho da situação, quatro pistoleiros morreram e um trabalhador foi baleado. A Polícia Militar foi chamada para registrar a tentativa de massacre, e prendeu dois Sem Terra sem averiguar a denúncia feita pelas famílias. Hoje, esses trabalhadores e trabalhadoras estão sendo permanentemente ameaçados por parte das milícias armadas da região.
3 – Solicitamos a defesa da vida das famílias acampadas e a desapropriação imediata das duas fazendas, que, conforme já comprovou o Incra, são improdutivas e não cumprem sua função social.
4 – O MST reafirma seu compromisso de luta por uma Reforma Agrária ampla e massiva, que possa de fato resolver os conflitos no campo, através da desconcentração da propriedade da terra, garantindo a milhares de famílias Sem Terra seu sustento e a produção de alimentos para a sociedade brasileira.
Fonte: Site do MST
Um comentário:
Saudações companheiros,
Venho por meio deste, manifestar meu apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST.
Companheiros, o que a mídia esta divulgando referente ao fato, envolvendo o MST e pistoleiros “matadores de trabalhadores sem Terras” ocorrido no ultimo dia 21 de fevereiro de 2009, é uma vergonha para este Pais e um afronto aos trabalhadores pois esta mídia que esta a serviço das classes dominantes, estes que vivem do sou dos que trabalham e da desgraça dos oprimidos que alimentam esta nação a custo com suas próprias vidas, e porque esta mesma mídia não divulga as dezenas de mortes de trabalhadores que são assassinados constantemente por pistoleiros a mando de latifundiários.
Meus amigo não podemos ficar calados diante desta tentativa de desarticulação e criminalização dos trabalhadores que formão o MST, pois são os Movimentos Sociais que contribuir com organização dos homens e mulheres que compõem os pequenos agricultores, responsáveis por mais de 70 % da comida que vai para mesa do povo brasileiro.
Se a imprensa quer de fato propaga desgraça e abrir debates, mostre ao povo à verdade, ai saberemos quem é a vitima e o agressor.
Ai vai alguns temas para fomentar este debate:
Dia 20 de novembro de 2004, dia da morte do grande economista Celso Furtado, aos 84 anos, dia da Consciência negra ao recordarmos Zumbi dos Palmares e os Quilombos, um dia após o Tribunal de Justiça do Pará absolveu 145 cabos, sargentos e soldados que participaram do Massacre de 19 sem terras em Eldorado dos Carajás, em 17/04/1996.
Dia 20 de novembro de 2004, no Município de Felisburgo/MG, região do Vale do Jequitinhonha, 18 Jagunços armados, três deles encapuzados, invadiram o Acampamento Terra Prometida do MST e assassinaram 05 Trabalhadores Rurais Sem Terra e feriram outros 20 trabalhadores, três dos quais se encontram em estado grave em hospital da região.
De um total de 1.104 ocorrências de conflitos com assassinatos, levantados de 1985 a 2006, somente 85 foram levadas a julgamento. Somente 19 mandantes foram condenados.
Diante destas informações, quem são as vitimas, Os trabalhadores ou os pistoleiros?
Abraço de Fábio Fernandes/MPA-RN
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