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segunda-feira, 26 de julho de 2010


Reflexões, a partir da intervenção de Lilia, sobre geração de emprego e renda e a promoção do Desenvolvimento de Campo Grande
* Caramurú

A companheira Lilia Holanda tem participado junto com nosso grupo de intermináveis discussões sobre os caminhos para a promoção da qualidade de vida num município como o nosso. Por isso comemorou tanto o resultado junto a indústria textil.

Como o assunto também me instiga, dedicarei alguns textos a renovar reflexões feitas em reuniões comunitárias e até mesmo neste blog. A questão de partida é como contribuir para o desenvolvimento social, ambiental, político, cultural e econômico do nosso município ? Neste texto tentarei fazer uma foto com baixa resolução sobre a realidade atual. Noutros apresentarei sugestões.

Primeiramente, queremos abordar o aspecto da economia, especialmente aquele relacionado à circulação da moeda em nosso município. Existe um adágio popular que fala assim “de pote onde se tira mais do que se bota um dia ele seca”. E essa é a primeira constatação importante de Campo Grande. A receita mensal que entra no nosso município rapidamente é escoada para as cidades vizinhas.

Há tempos que muitos moradores da comunidade Salgado fazem suas compras semanais na feira de Upanema. As comunidades de Cabeça do Boi, Caiana, Monte Alegre, Bom Jesus, Lagoinha, Cajueiro, Morada Nova e Bom Futuro, compram em Caraúbas ou Janduís. Triunfo Potiguar vem cada vez mais se vinculando a Assu. E a maioria das pessoas da zona urbana que tem melhor poder aquisitivo e o próprio poder público preferem comprar em Mossoró ou Natal.

A maioria dos produtos ofertados na feira livre de Campo Grande vem de fora o que faz o dinheiro sair. Incluindo nesta história os dois principais tipos de bancas que mais vendem que são as de roupas e as de verduras. O mesmo fluxo de recursos é seguido durante os períodos das festas de Santana quando as bandas de forró carregam grande parte da receita gerada em julho.

Portanto, é fato que a migração da receita impede o aquecimento da micro-economia, reflete na redução do tempo e do tamanho da nossa feira livre, inibe o surgimento de novas e melhores pousadas e hotéis, diminui a renda dos donos de comércios pelos constantes “não pagamentos” ou “não vendas” dos seus produtos e intimida investimentos externos.

Constatada esta situação extremamente comprometedora do nosso desenvolvimento sustentável, nos próximos dias traremos novos artigos para apontar algumas soluções simples baseadas na sócia economia justa e solidária que a nosso ver reduziriam essa sangria de dinheiro de Campo Grande e colocaria numa rota de retomada do crescimento econômico, com inclusão social. Algumas delas já estão acontecendo em nossa terra.

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