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segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Elevação da renda média familiar em Campo Grande/RN. Parte I
* Caramurú

Há algum tempo que venho refletindo e levantando dados oficiais sobre a economia de Campo Grande, apesar deles serem incipientes. Ao meu ver existem 02 problemas centrais ligados à geração de emprego e renda que são a baixa renda média por família e a falta de oportunidades para os jovens. Me deterei neste texto a falar mais da primeira questão.

Os dados do diagnóstico do RN divulgado no site www.mineiropt.com.br com base no senso do IBGE 2000 reforçam a nossa constatação com dois indicadores expressivos. A renda média familiar de Campo Grande é de R$ 249,11 e o nosso índice de desenvolvimento humano 0,611 nos coloca na posição 120º, a frente somente de 47 municípios do Estado. Portanto, a resposta da elevação da renda média familiar parece uma questão importante para contribuir para que Campo Grande fique melhor ranckeado, se posicionando entre os 50 melhores municípios do estado e vá definitivamente na rota do desenvolvimento sustentável.

Neste sentido, a cultura e o potencial econômico do rural campograndense colocam esse setor num papel especial para a elevação da renda familiar. Em Campo Grande são 4.354 (48,25%) vivendo no campo e outro quantitativo de difícil mensuração que mora na cidade, mas que continuam ligados ao campesinato. A nossa primeira sugestão para elevação da renda familiar rural se relaciona com a área da caatinga onde existem aproximadamente 1.000 hectares cultivadas com cajueiros que produzem em torno de 200 toneladas/castanha.ano.

O melhoramento do cajueiral com mudanças de copa, replantio das falhas e trocas de cajueiros improdutivos podem elevar a produção em 300 toneladas/ano. Se houver avanços no beneficiamento da castanha poderá gerar um acréscimo de mais ou menos R$ 1 milhão na economia local.

Este setor recebeu importante conquista que foi a fábrica de castanha de caju, em fase de implantação na comunidade rural do Bom Jesus. A luta encampada por Bibi de Nenca e Lilia com colaborações de Eimar e Mineiro, dentre outros, vai viabilizar o processamento da castanha triplicando a renda do produto e deixando impostos no município, numa projeção de até R$ 1 milhão. Um passo foi dado, vamos seguir debatendo.

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