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terça-feira, 26 de abril de 2011

A fábrica de castanha é o maior convênio assinado por uma associação de C. Grande
* Caramurú

A construção da fábrica de castanha envolveu um investimento de quase R$ 400 mil aportados pela Fundação Banco do Brasil. A dimensão do investimento é tanta que se configura no maior convênio que foi celebrado por uma associação campograndense.

Um projeto desta envergadura teve seu início na estratégia do Governo Lula de equilibrar o desenvolvimento regional brasileiro, orientando que seus orgãos destinasssem recursos e criassem programas sintonizados com o combate a pobreza. Daí em diante veio o aumento de investimentos da Fundação Banco do Brasil por todo o país e consequentemente nas regiões mais empobrecidas.

Entretanto, a situação de pobreza não foi o único critério que incluiu a comunidade do Bom Jesus e a fez beneficiária desta grandiosa fábrica que será inaugurada sexta-feira. Era preciso que houvesse organização comunitária suficiente para o recebimento e uso correto dos recursos. E neste quesito foi importantíssimo o crescimento da organização da associação do Bom Jesus, a partir da chegada do Projeto Dom Heldér Câmara/SDT/MDA através da asssessoria do Núcleo Sertão Verde. Num passe de 3 anos, a associação saiu de uma das mais desorganizadas de C. Grande para o posto das mais atuantes.

Isto ainda era pouco. De nada valeria se a comunidade não tivesse a matéria prima do caju. Neste aspecto a população bomjesusense tem ampla tradição com a cajucultura, numa atividade interessante que estimula a apicultura e engaja toda a família na 'cata' da castanha, envolvendo marido, mulher e filhos/as.

Mas ainda tinha o problema do zoneamento da cultura. O problema surgiu quando a EMBRAPA, na década de 70, deixou o município de Campo Grande de fora pelo uso de uma escala de mapeamento muito grande que perdia de vista a faixa produtiva da nossa 'caatinga'. Daí cumpriu papel especial o prefeito Bibi de Nenca e sua articulação com Eimar Vieira, viabilizando em tempo recorde a correção do defeito histórico.

O passe seguinte que consagraria de vez a escolha de Campo Grande para ser beneficiada com a fábrica era o reconhecimento dos critérios acima pelo conselho estadual da Fundação Banco do Brasil que analisava o pedido campograndense em concorrência com outros municípios potiguares. E nesta etapa contou muito o apoio do Deputado Estadual Fernando Mineiro, SEBRAE, a nossa integração enquanto vice prefeito, a militância do prefeito Bibi e a boa argumentação da líder Lilia Holanda.

Finalmente, a execução aconteceu e mais uma vez a líder comunitária Lilia provou que a sua comunidade e a Associação do Bom Jesus estavam aptas para receberem uma fábrica de quase meio milhão de investimento. O prédio foi erguido dentro do prazo e com as especificações exigidas e acompanhadas pela Fundação Banco do Brasil.

Na sexta-feira é a vez de celebrar todo este esforço de grandiosos parceiros com pensamentos grandiosos de promoverem o desenvolvimento sustentável a partir da redução das desigualdades sociais e do aproveitamento das potencialidades locais.

A todos os parceiros cabe a satisfação de meio caminho andado e a energia renovado para os novos passos do beneficiamento, venda e aumento de renda. Que venham novos desafios.

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