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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Produtores inauguram minifábrica de beneficiamento de castanha
* Jornal De Fato

 
Produtores de castanha de Campo Grande inauguram amanhã uma minifábrica de beneficiamento da amêndoa. O investimento, de quase R$ 400 mil, aportados pela Fundação Banco do Brasil, será instalado na comunidade de Bom Jesus. O prédio foi erguido dentro do prazo e com as especificações exigidas pela patrocinadora. O evento acontece às 9h.

A unidade de processamento vai se destinar ao beneficiamento do pseudofruto, chamado popularmente de castanha. Este processo pode elevar a renda do produtor na medida em que 1kg de castanha in natura varia de R$ 0,60 a R$ 1,30.

Considerando o rendimento de 20%, obtém-se 1 kg de castanha beneficiada com o uso de 5kg de castanha in natura. Depois de processado, o produto alcança até R$ 25,00/kg no mercado regional. "Logo, constata-se que a renda dos cajucultores e das cajucultoras cresce em até 5 vezes", disse o vice-prefeito de Campo Grande, Caramuru Paiva.

Segundo a presidente da Associação de Bom Jesus, Lilia Holanda, a produção local é suficiente para o funcionamento da minifábrica, que vai gerar 30 empregos diretos com efeito indireto sobre mais de 100 produtores de caju do município. O benefício cobre as famílias de Lagoinha, Bom Jesus, Caiana, Fazenda Vitória, Salgado e Cabeça do Boi, dentre outras.

Campo Grande tem em torno de 1.000 hectares de cajueiros que perfazem uma produção anual estimada em 300 toneladas de castanha.

Para Lilia o projeto é muito importante porque vai possibilitar uma mudança na vida, não só das 30 pessoas diretamente envolvidas, mas para toda a cadeia produtiva que alcança outras dezenas de famílias.

A organização produtiva do empreendimento é gerenciada através do Comitê Estadual de Cajucultura, que reúne com frequência os representantes das minifábricas do RN para discutir sobre a produção e comercialização.

De acordo com Caramuru Paiva, a conclusão da obra é um grande passo, mas novos desafios virão. "A organização produtiva, o beneficiamento e a comercialização são etapas fundamentais que já têm previsão de apoio para serem superadas positivamente e assim ajudarem com a renda deste produto nobre a promoverem o desenvolvimento sustentável de Campo Grande", concluiu.


* Matéria publicada no Jornal De Fato, Caderno Estado, de 28/04/2011 e imagem de http://www.mjiba.blogspot.com/


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