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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Violência versus educação

Professora Débora, de Florânia/RN
* Edson Dantas

Nunca, como nos dias atuais, a questão das discussões sobre violência atingiu semelhante relevância, em todos os lugares é destaque nas rodas de conversas, e sempre as mesmas perguntas: Onde isso vai parar? Até que ponto as leis devem proteger aos menores? Quais serão os procedimentos mais adequados para combater o crime organizado e o tráfico de drogas? Não são questões tão simples, exigem planejamento, estratégias e principalmente, ações preventivas.

A escola, enquanto instituição responsável pela formação cidadã, merece um olhar de atenção frente a tais mudanças. Nos Estados Unidos, por exemplo, embora os alunos continuem sendo vítimas de bullying, e desse problema atingir mais às escolas, um estudo divulgado nesta quinta-feira mostrou que as vítimas e os agressores de bullying, geralmente, são agredidos dentro de suas casas, constatou-se que as famílias violentas são a principal causa dessas agressões propositais; os participantes de bullying são vítimas de agressões físicas e/ou psicológicas por parentes, ou já foram expostos a situações que envolviam violência, aponta o Centro de Prevenção ao Controle a Doenças, do Departamento Público de Saúde de Massachusetts (EUA). Além disso, o estado vem combatendo o bullying com aprovação de lei que proíbe tais ações e exigem que as escolas desenvolvam práticas e intervenham de forma preventiva quando for evidenciado caso de bullying.

Permanecem os questionamentos: Quem são os responsáveis por tantos casos de violência no nosso país? A sociedade (família) deve rever suas práticas educativas para com os nossos jovens; a escola deve ter uma atitude mais rígida no que diz respeito à organização, à elaboração e à prática das normas previstas em seus regimentos escolares; o estado, enquanto principal entidade que responde pela política educacional, deve investir de modo mais significativo no controle e na prevenção dos atos violentos praticados no âmbito escolar e fora dele. É um problema de todos, não de um grupo isolado, não é simplesmente um problema das famílias das vítimas do massacre em Realengo, ou dos floranienses e familiares do jovem assassinado na última terça-feira. É um problema mais amplo, complexo, que exige estudos mais cautelosos, capacitação dos agentes de segurança pública que desenvolvem um trabalho com jovens (menores) envolvidos no tráfico de drogas, aumento de profissionais especialistas (psicólogos) para diagnosticar casos isolados, que merecem atenção, pois, quando o menor é praticamente abandonado pela família, não recebe cuidados mais específicos, é dever de todos orientá-lo e protegê-lo, é dever do estado.

* Texto da Professora Débora Oliveira, de Florânia/RN, reproduzido do www.edsondantas.com


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